sexta-feira, 10 de abril de 2009

IN TENEBRIS LUCEM ! (Nas trevas, uma luz)







querida,
ontem, morri um pouco,
em cada quanto
de meus tantos passos;
em cada verso
de minhas preces;
em meu confuso
e tolo pensamento;
e morri, por não tê-la deitado
em minha cama,
nem dividir comigo
o corpo e a alma de todos os dias;
morri, por não
sentir teu gosto nem o perfume
de todas as noites,
em nosso amante espaço;
morri, por não me recostar
como gosto, em teu peito,
entre teu rosto e teus seios;
ouvindo teu coração
e te sentindo
respirar tão de perto..
senti as trevas
de meu pior momento...
mas... LUZ !

manhã de Sol
em meu quarto...
Deus, que sonho mau,
mãe de todos os pesadelos !

hoje acordei num
emaranhado de sedas e cetins;
perfumado e acarinhado,
descobri meu rosto
e te percebi acordada,
ali, ao meu lado;
linda... como sempre;
e mais ainda:
sorrindo pra mim...



(Tadeu Paulo -- 2009-03-08)

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