sábado, 20 de março de 2010

À TUA ESPERA . . .




não sei
quantas vezes não te olho,
mas te penso e nítidamente
te vejo em meu pensamento;
lábios úmidos, abertos,
festejando, na língua, o beijo
ainda não recebido;
o peito arfante;
seios rijos, enlouquecidos,
dizendo: -- nos consuma...
e eu os tomo e tomo a ti
dos pés ao ‘gargalho’,
na frouxidão de um tempo
que se arrasta sem pressa,
e te possuo, deslizando
pelas tuas costas;
me intrometendo entre
pernas e ‘bocas’
e a sensação louca
explode amor cristalizado,
da cama ao chão, onde nós,
sobriamente entorpecidos
de espasmos e prazer,
misticamente no amamos...
todas as noites, todas as manhãs !



(Tadeu Paulo -- 2010-02-25)

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