sábado, 24 de maio de 2008

DA PRIMEIRA VEZ




na primeira vez,
respira-se apenas
o substrato do ar
de sentir e de amar;
de sentir o prazer
do tocar e conhecer
-- um ao outro --
sentir a emoção
nervosa do encontro;
sentir a curiosidade
valsando vadia
no olhar inquieto...
no sorriso inocente
mas trêmulo
e contido;
na vontade de que
o primeiro abraço
não tenha
compromisso
com o tempo...
a seguir, a meta
pode estar em
taças geladas
de champanha,
que acende o calor;
em cerejas tomadas
boca-a-boca;
num beijo profundo
e molhado,
de tantos gostos;
depois, um apagar
de luz...
uma noite linda...
...de fazer
o Sol nascer!



(Tadeu Paulo -- 2008-04-18)
Tadeu Paulo
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2008
Código do texto: T952685

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