Faça de conta
que morri numa noite
de luar intenso
sob todos os astros e estrelas
com um sorriso no rosto
e as mãos mansamente
pousadas no velho e corajoso peito
faça de conta
que me despedi
em meio a grande festa
ouvindo violas e violões
em madrugada rica
de sonhos, sorrisos
e de belas serestas
faça de conta
que tudo isso
não passou de
um grande pesadelo
e que você abriu os olhos
na manhã seguinte
e me viu deitado ao teu lado
faça de conta
que sou princípio e fim
de teus anseios
que minoro seus receios
que sou amante e profeta
que sou teu destino... teu menino...
faça de conta, enfim...
que sou poeta !
(Tadeu Paulo -- 2008-03-13)
Tadeu Paulo
Publicado no Recanto das Letras em 13/03/2008
Código do texto: T899097
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