terça-feira, 3 de julho de 2007

ESCRAVO DE MIM; ESCRAVO DE VOCÊ !





Se eu pudesse
um dia me entender;
ou fugir de mim,
ou me fingir personagem
de meus próprios poemas,
e deitar a minha dor
num papel especial

-- fino, frisante –

e consolar o sentimento
triste de um estranho,
desconhecido do meu eu,
de minha história
e de minha vida...
que bom seria
pra animar meu tempo,
afastar os meus lamentos
e brindar o instante;
mas sou cativo do amor,
das memórias e da carne...
que marcam, queimam e clamam
e sofrem e se entregam
e assim, continuo sendo
personagem de mim mesmo
prisioneiro desse louco amor

escravo de mim;
escravo de você !

(Tadeu Paulo – 2007)
Tadeu Paulo
Publicado no Recanto das Letras em 03/07/2007Código do texto: T550298

Um comentário:

Bel disse...

Que poema sensacional, querido poeta... Os poetas podem tudo, e você nos mostra isto nestas linhas maravilhosas, em que sentimos todo teu poder criativo, misturado com tua alma apaixonanante, que nos dá a exata dimensão do que é ser um poeta de verdade. Cada dia que passa você esta mais perfeito, mas próximo de um Deus-poeta. Te admiro demais. Parabéns, querido. Beijos