Não escolher razões
nem motivos;
deixar-se levar
pelo clima do momento;
sorver e sentir
os sentimentos
que afagam
ou arranham a alma,
com a leveza de uma brisa;
ouvir os pedidos,
depois, os apelos,
por fim, os gritos
de um coração mendigo;
enxergar horizontes tocados
e seguros pelo amor,
mesmo com os olhos
cerrados e dormitentes;
envolver-se no calor
de sonhos, e vivê-los,
e entregar-se a eles..
e sentir o torpor
dessa entrega;
ter o viço fundo
e penetrante do ardor,
(carne a dentro),
liberando o "id" dos hormônios,
confusos, mas satisfeitos,
gozando o prazer do instante..;
soltar as lágrimas
dançarinas e dolentes,
agora tristes com algum fim;
e eu me interpenetro nesse amor,
em lufadas e maremotos,
criando rios exangues
de suor e sorrisos;
não se importar, como eu,
se o que brilha é Sol ou Lua,
e no caso da mulher
que habita vida e sonhos,
a luz é sempre a tua;
e vão-se, iluminados,
os Anjos em cortejo,
guiando meus pensamentos,
iluminando teus caminhos,
protegendo a tua vida
e abençoando o nosso destino..
(Tadeu Paulo - 2007)
Tadeu Paulo
Publicado no Recanto das Letras em 30/06/2007
Código do texto: T546709
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