domingo, 11 de fevereiro de 2007

O MACHISTA..


Tua vida, tantas aventuras..
Quantas fêmeas te seguiram
E livres, nuas, te serviram...
Loucas, febris, vulgares
Tu as tinha, servis, em todos os lugares.
Insaciável, tocava-lhes a pele;
Alucinado mordia-lhes pelo..
E eu me divertia, escondido, ao vê-lo..
Cortejando as catecúmenas jovens fugidias,
Que, assustadas, de certo, com tua valentia,
Corriam, se pudessem...
Se não, te ofendiam...
E quanto mais tolos esforços faziam,
Mais atrevido e intrépido tu ficavas.
Arredio, arrogante, másculo, feroz,
Assim tu as amava!!!


Pobres virgens frágeis, violentadas,
Limpando das ancas, das carnes marcadas,
A passagem ardente, fulminante e rubra
Do amor coagulado, riscando-lhes as pernas escorridas,
O corpo cansado, as resistências vencidas...
Tu, oh nobre símbolo do machismo,
Morreste glorificado e compreendido
Por tua imensa chama e ávida paixão..
Descansa em paz,
Meu amigo, Meu cavalo,
Meu querido garanhão!!!
(Tadeu Paulo - julho/1985)
Tadeu Paulo
Publicado no Recanto das Letras em 11/02/2007
Código do texto: T377447

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